TENA

Home Menopausa Menopausa, uma montanha-russa de emoções

Menopausa, uma montanha-russa de emoções

Menopausa


emoções na menopausa
0 16045

Não são apenas os afrontamentos ou a falta de libido. A menopausa também pode transformar a nossa vida numa montanha-russa de emoções. Ponha-lhe travão!




Não faz mais do que ver vídeos de gatinhos. Desenha lágrimas na janela sempre que chove. Um dia gosta da namorada do seu filho e no seguinte já seria capaz de lhe dar com uma tarte na cabeça. Chora quando vê um abraço na televisão. Um semáforo vermelho desperta o lado obscuro de si que pensava não ter… Malditos estrogénios!

A diminuição dos níveis hormonais durante a menopausa pode fazer com que se sinta num estado constante de síndrome pré-menstrual. E disto fazem parte sintomas que não é capaz de controlar: irritabilidade, tristeza, desmotivação, ansiedade, irascibilidade, agressividade, cansaço, alterações de humor… São coisas de que não gostamos, que nos fazem saltar a tampa, que provocam atos dos quais nos arrependemos depois. O que fazer?

Há duas coisas que deve saber. A primeira, é ter a noção de que é muito importante aceitar que estamos na menopausa. Reconhecê-lo. Cair na conta de que estamos numa dessas montanhas-russas por causa dos terríveis estrogénios. E uma vez detetada a causa (porque normalmente não somos assim), temos de a trabalhar.

Triste e irritável? O primeiro a fazer é consultar o médico

Se depois dos 45 se sente irritável e triste, é muito provável que esteja relacionado com a menopausa (ou a perimenopausa ou pós-menopausa), embora também seja verdade que os sintomas acima enunciados não estão apenas relacionados com a perda de estrogénios. Assim, pode haver motivos de peso pelos quais se sinta de mau humor, esteja ou não na menopausa.

Por isso, o que se impõe como primeira medida é consultar o seu médico. Ele ou ela saberão a quem atribuir as culpas. E se for pela menopausa, vamos a isso! Porque quando os níveis hormonais começam a diminuir, como acontece nos meses (e anos) anteriores à menopausa, todos os sistemas associados a estes receptores hormonais registam uma alteração e nisto está também incluído o cérebro. Atue, tome o controlo das suas emoções. 

Como posso enfrentar as alterações emocionais da menopausa?

A irritabilidade e os sentimentos de tristeza são os sintomas emocionais mais comuns da menopausa. Talvez sejamos nós as últimas a notar isto mesmo e talvez também sejamos nós próprias as primeiras a negá-lo quando alguém nos aponta este facto. Mas não se esqueça disto: pode controlar muitas vezes o seu vaivém emocional com a introdução de pequenas mudanças no seu estilo de vida. Por exemplo, aprender formas diferentes de viver, de relaxar e de reduzir o stress. Por exemplo:

  • Fazer exercício e comer de forma saudável: a ciência demonstra que são duas coisas que nos fazem mais felizes.
  • Praticar yoga, meditação ou respiração consciente para pôr em contacto o corpo e a mente.
  • Evitar os tranquilizantes e o álcool.
  • Procurar motivações que impliquem um desafio.
  • Apoiar-se nos que quer. Diga-lhe como se sente.
  • Reativar as relações sociais.

Fuja da depressão, é a sua maior inimiga

Embora a menopausa não cause diretamente a depressão, é muito verdade que algumas mulheres apresentam sintomas durante esta fase de vida. Muitas das situações insatisfatórias que vivemos podem desembocar em depressão e mais ainda quando estamos com as defesas tão em baixo. E isto é a última coisa de que precisamos. Não deixe de consultar um psicólogo, se necessário. Um refazer emocional nunca fez mal a ninguém.

Pode a terapia de substituição hormonal ajudar?

A ciência moderna tratou de chamar a atenção para o efeito positivo da terapia de substituição hormonal nas mulheres que mais sofrem com os golpes da menopausa. Muitos estudos salientam também a sua utilidade do ponto de vista psicológico. Mas apesar de existir uma crescente evidência que sugere que esta terapia pode ajudar a aliviar os sintomas emocionais relacionados com a menopausa, não é menos verdade que  por si mesmo não é eficaz para tratar a depressão mais grave. Como sempre, é o médico quem melhor nos poderá aconselhar.

Pode também interessar-lhe...

Partilhe com as suas amigas:
Centrada em si