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Não falte à revisão ginecológica

Menopausa


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Uma em cada cinco mulheres afirma nunca ter ido ao ginecologista. Um número excessivamente alto que representa consequências sérias na vida de muitas mulheres. Não seja uma delas. Procure ajuda profissional que lhe inspire confiança e vigie a sua saúde em todas as etapas de vida.




Quando uma mulher se prepara para ter um filho é normal que queira evitar riscos e assegurar-se de que tudo vai correr bem. Por isso não hesita em consultar o seu ginecologista ou obstetra. Se não o fizesse, seria considerada uma irresponsável. Mas o que acontece durante outras etapas de vida da mulher em que não é preciso tanta vigilância? Estamos igualmente conscientes da necessidade de uma vigilância ginecológica habitual?

O acompanhamento médico regular é um procedimento básico na prevenção de disfunções e problemas de saúde na mulher. É muito importante que nos consciencializemos de que as revisões ginecológicas são imprescindíveis em qualquer idade, desde o início da menstruação até à pós-menopausa, embora coloquemos especial enfâse na menopausa, com todos os transtornos que pode acarretar (falta de lubrificação, incómodos nas relações, perdas de urina…).

Além disso, solicitar uma vez por ano uma revisão ginecológica ajudará a diagnosticar problemas tão sérios como o cancro da mama e do útero, entre outros. Portanto, a nossa qualidade de vida depende destas revisões, ainda que, segundo dados da Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO), uma em cada cinco mulheres nunca tenha consultado um ginecologista. Porquê?

A principal razão é muitas mulheres sentirem vergonha e pudor em despir-se física e, também, psicologicamente diante do médico. Custa-lhes contar o que sentem, já que com frequência os problemas estão ligados a esferas da vida privada, como a autoestima ou a sexualidade.

Uma questão de confiança

Contudo, é preciso lutar contra esta tendência. Não esqueça que o especialista é um médico, não a vai julgar. O médico é a pessoa que está disposta a escutar as suas preocupações e a orientá-la nos seus problemas de saúde. Deve consultar o seu ou sua ginecologista como quem pede conselho a uma amiga. Procure um profissional que lhe inspire confiança e segurança.

Expresse-lhe o que lhe preocupa sobre as mudanças que está a viver na menopausa e na sua sexualidade, e se tem perdas de urina, fale delas sem preconceitos. É a melhor forma de começar a resolver o problema.

Especialista: homem ou mulher?

Num centro de saúde privado pode escolher entre um ou uma ginecologista. Nos centros de saúde públicos, esta opção, costuma ser mais difícil. Muitas mulheres sentem-se inibidas quando o médico é um homem. Se não pode escolher, lembre-se que os ginecologistas estão acostumados aos procedimentos médicos da especialidade e à nudez das pacientes. E estão preparados para lhe indicar, segundo o grupo etário a que pertença, que exames precisa de fazer para solucionar da melhor forma possível os seus problemas de saúde.

Os homens, além disso, são muito sensíveis aos sentimentos de medo e vergonha da mulher e costumam ter um trato delicado. Mas, se ainda assim lhe provoca medo ou ansiedade ir ao ginecologista, recomendamos-lhe que peça consulta à primeira hora da manhã e tenha todas as perguntas preparadas. Deste modo, a consulta será mais fácil.

De qualquer forma, a última palavra é sua. Ou deveria ser. Se se sente mais à-vontade a falar com uma mulher, porque pensa que entenderá melhor os seus problemas, ou se não se sente confortável com o médico que a costuma acompanhar (seja mulher ou homem), tente mudar de especialista. É importante que possa falar sem inibições do que a preocupa para que a sua saúde saia beneficiada. 

A Sociedade Portuguesa de Ginecologia recomenda ir com regularidade à revisão e consulta ginecológica. Não falte às consultas.

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