O que deve saber sobre a osteoporose
Menopausa
A partir da menopausa, com a redução de estrogénios, a massa óssea começa a degradar-se, e esta degradação pode agravar-se com o avançar da idade. Uma dieta rica em cálcio, a prática habitual de exercício físico ou o recurso a uma terapia hormonal de substituição podem prevenir o seu aparecimento ou atrasá-lo.
O cálcio e o fósforo são dois minerais essenciais para a formação normal do osso. Durante a juventude, o corpo utiliza estes minerais para produzi-lo. Se o cálcio obtido através da alimentação não é suficiente, o nosso organismo pode reabsorver o cálcio e fósforo diretamente dos ossos, o que faz com que o tecido ósseo enfraqueça: os ossos fiquem mais frágeis e quebradiços, mais propensos a fraturas, inclusivamente sem serem consequência de um traumatismo. E ainda, a partir da menopausa, os ovários deixam de produzir estrogénios, pelo que o tecido ósseo vai ficando menos espesso e não se forma novo osso suficiente. Com o tempo os ossos perdem densidade, e o risco de fraturas e traumatismos aumenta.
Em ambos os casos surge a osteoporose, o tipo mais comum de doenças ósseas e que afeta principalmente as mulheres depois da menopausa. Em geral, a perda óssea ocorre de forma gradual ao longo de vários anos; muitas vezes a pessoa sofrerá uma fratura antes de se dar conta de que já está doente. Quando isto ocorre, normalmente a osteoporose já está em estado avançado e os danos são consideráveis.
Tipos de osteoporose
- Osteoporose primária ou involuntária, que por sua vez pode ser:
- Pós-menopáusica ou tipo I: ocorre na mulher como consequência do término da função ovárica, sendo características as fraturas vertebrais por esmagamento e as fraturas da extremidade distal do antebraço.
- Senil ou tipo II: ocorre em ambos os sexos, em idades mais avançadas. Advém da perda de quantidade e qualidade óssea. Ocorre progressivamente e surge com o passar dos anos. Neste caso, a perda óssea não é tão acelerada como o tipo I.
- Osteoporose secundária: as suas origens são diferentes da menopausa e da idade: doenças endócrinas, gastrointestinais, hematológicas… Ou mesmo por estar muito tempo imobilizada ou pela utilização de alguns fármacos.
Causas da osteoporose
É uma doença na qual intervêm diferentes fatores: ambientais, nutricionais e genéticos. A principal causa da osteoporose é a diminuição dos níveis de estrogénios nas mulheres a partir da menopausa. Também o envelhecimento, fatores genéticos e uma alimentação deficiente em cálcio. Este nutriente é fundamental na formação dos ossos e os alimentos que os contêm são os laticínios, peixes gordos e frutos secos.
Sintomas
- Deformações da coluna vertebral
- Dores musculares
- Fraturas e enfraquecimento ósseo
- Dor no pescoço
- Perda de peso
Prevenir a osteoporose
Se este problema a preocupa, siga as nossas recomendações:
- Pratique exercício físico regularmente;
- Incorpore na sua dieta alimentos ricos em cálcio, como os laticínios, a soja ou espinafres;
- Consulte o seu ginecologista sobre a possibilidade de iniciar uma terapia hormonal de substituição.
Recentemente, foi disponibilizada uma análise genética que permite saber qual o risco de sofrer desta doença antes que a mesma se desenvolva, tendo assim a oportunidade de atrasar o aparecimento dos sintomas neutralizando o agente que a provoca com alterações de hábitos alimentares, exercício físico, etc.
O estudo é muito simples e não é invasivo. É recolhida uma amostra de saliva e o resultado é rápido, válido para toda a vida. É indicado para todas as mulheres a partir dos 35 anos, especialmente as que tenham familiares que tenham sido diagnosticadas com osteoporose (inclusivamente homens) ou que sofram de alcoolismo, neoplasias, doenças reumáticas, imobilização ou efetuem tratamentos com glucocorticóides. Esta análise permite prevenir a osteoporose, e ajuda no diagnóstico e tratamento.