A flacidez facial é uma consequência da diminuição dos estrogénios de que talvez não estivesse à espera

O que é a flacidez facial?

A flacidez facial pode ser definida como o estado em que a pele perde firmeza devido ao enfraquecimento das estruturas de suporte. Como resultado, o contorno do rosto perde definição na zona da mandíbula, há descaimento na área do pescoço, a pele parece solta e, em geral, as feições tornam-se menos marcadas.

O colagénio e a elastina são os responsáveis por manter o suporte do rosto e a firmeza da pele. Quando começam a degradar-se – algo que se acelera a partir dos 50 anos – a estrutura enfraquece e a flacidez facial torna-se evidente.

O que causa a flacidez facial?

A flacidez facial é uma consequência direta da perda de colagénio na pele do rosto, um processo fisiológico que ocorre com o passar do tempo e que também é influenciado por diversos fatores, entre os quais:

• Diminuição dos estrogénios: Essencial para a formação de fibras de colagénio.
• Exposição solar excessiva: Causa stress oxidativo e degradação do colagénio.
• Consumo de tabaco e exposição à poluição: Contribuem para o envelhecimento cutâneo precoce.
• Alimentação inadequada: Picos constantes de glicose, devido ao consumo excessivo de açúcar danifica as fibras de colagénio e elastina.

Embora a degradação do colagénio seja um processo inevitável, apenas cerca de 20% está relacionado com o envelhecimento natural. Os 80% restantes devem-se a fatores endógenos e exógenos, que podem ser controlados para proteger esta proteína essencial.

É possível prevenir a flacidez facial?

Até certo ponto, sim. Se considerarmos que a exposição solar excessiva e a formação de radicais livres degradam o colagénio, uma boa estratégia ao longo da vida – e que deve ser reforçada a partir de certa idade – é o uso diário de proteção solar. O objetivo é reduzir a flacidez facial aos 40 anos.

Esta proteção deve ser de amplo espetro (contra raios UVA, UVB, infravermelhos e luz visível), com fator 50+ e integrada numa fórmula que contenha antioxidantes para reforçar ainda mais a barreira protetora.

Além disso, para atrasar a chegada da flacidez facial aos 50 anos, é importante melhorar o descanso, evitar o stress e o consumo de tóxicos, como tabaco e álcool. Por fim, cuidar da alimentação é essencial: reduzir o consumo de açúcar ajuda a evitar a glicação, um processo que acelera o envelhecimento das fibras de colagénio.

Quatro sintomas da flacidez facial

Na menopausa, além da diminuição na produção de colagénio e da pior qualidade do mesmo, também há falta de hidratação. Isto resulta num afinamento da densidade cutânea e no aparecimento de rugas. A perda de firmeza torna evidentes outros sinais do envelhecimento:

1. Descaimento: Visível sobretudo na parte inferior do rosto e no pescoço, com perda de definição da linha mandibular.
2. Papada: Resulta do peso facial que o pescoço suporta.
3. Feições desmarcadas: O enfraquecimento da estrutura evidencia rugas profundas, como os sulcos nasogenianos e as rugas de marioneta.
4. Olheiras: Tornam-se mais pronunciadas devido à perda de firmeza.

Para combater estes sinais, é fundamental incluir o cuidado da pele do pescoço na sua rotina diária: limpar, hidratar, aplicar ativos anti-flacidez e, claro, protegê-la do sol durante todo o ano.

Tratamento da flacidez facial: ganhar firmeza é possível

Embora a cosmética seja a primeira abordagem para combater os sinais da idade, deve ser vista sobretudo como uma medida preventiva. No caso da flacidez facial, as estratégias devem focar-se em:

• Proteger a pele do stress oxidativo: Usar protetor solar de amplo espetro e séruns antioxidantes com vitamina C, E, ácido ferúlico, idebenona ou polifenóis de uva.
• Fortalecer a estrutura da pele: Aplicar séruns, cremes e máscaras ricos em péptidos de colagénio, que estimulam a sua produção e ajudam a reafirmar a pele.

Por outro lado, em consultas de medicina estética, estão disponíveis tratamentos eficazes para combater a flacidez facial, como:

• Infiltrações de compostos híbridos: Ácido hialurónico com hidroxiapatite de cálcio.
• Aparelhagem especializada: Induz a formação de colagénio para melhorar a textura da pele.
• Laser e mesoterapia: Ideais para peles com perda de suporte.
• Radiofrequência com microagulhas: Estimula o colagénio, melhora a firmeza e reduz as rugas.

Cuidar da pele, especialmente durante a menopausa, é essencial para combater os efeitos da flacidez e manter uma aparência saudável e jovem.