Enfrente a passagem do tempo
Psicologia
A sociedade transmite muitas ideias preconcebidas sobre a mulher na idade madura que muitas vezes nos impedem de avançar e geram frustrações. Livre-se delas e comece a desfrutar desta etapa da melhor forma: fazendo planos e sentindo-se atraente.
O nosso relógio biológico persegue-nos constantemente, como o coelho branco da história Alice no País das Maravilhas. A sociedade faz com que interiorizemos certas ideias sobre a passagem do tempo, que nos perseguem e impõem o que devemos pensar, sentir ou esperar em cada uma das etapas da nossa vida. Se não temos cuidado, podem dizer-nos até onde podemos chegar ou as coisas que não podemos fazer em função da idade.
Pare um pouco para pensar. Se o fizer, certamente que se dará conta que interiorizou muitas destas ideias, que já fazem parte da forma como vê a vida ou como se vê a si mesma. Se pensar ainda mais, poderá identificar todas as que não lhe permitem avançar e funcionam como uma espécie de teto invisível que às vezes fazem com que se sinta frustrada ou triste.
Não se fragilize tentando viver uma juventude eterna, desfrute da mudança e aceite-a para conseguir seguir em frente
Felizmente, estes paradigmas estão a mudar e estamos a aprender a desafiar os limites que nos impõem. Propomos-lhe um exercício; leia as ideias que se seguem e comprove quantas delas assumiu como suas:
- “A mulher e a feminilidade são determinadas pelo seu aspecto físico e pela juventude”
- “A mulher a partir da menopausa já não é uma mulher completa”
- “Com o passar dos anos, a beleza física diminui”
- “Nós, mulheres, temos um limite na nossa vida laboral que não podemos superar e não vale a pena esforçarmo-nos”
- “Se nos últimos anos não estive a trabalhar, a partir de certa idade não vale a pena investir em formação, nem tentar procurar um trabalho de que goste realmente”
Muitas destas ideias baseiam-se em estereótipos que desvirtuam o verdadeiro significado do processo vital que nos faz amadurecer e com que nos sentamos autoconfiantes, atraentes e com grandes expectativas.
Não se fragilize tentando ficar sempre igual, desfrute da mudança, é certo que com ela vai-se dar conta que perdeu algumas coisas mas ganhou muitas outras pelo caminho. Querer ficar para sempre numa juventude ilusória gera frustrações, não permite que nos aceitemos como somos e gostemos de nós mesmas, e além disso, gera obsessões: com o peso, rugas, cosméticos,…
Propomos-lhe um desafio: coloque-se frente ao espelho e descreva em voz alta o que vê. Por exemplo: “Vejo uma mulher madura, que viveu muito, que enfrentou grandes desafios, que se superou a si mesma, que ainda é atraente, que quer viver, que tem sonhos e planos para o futuro, e que pensa que o dia de amanhã pode ser melhor do que hoje…”. O que lhe parece? Atreve-se a fazê-lo?