Para que serve a pressoterapia
• Reduzir a retenção de líquidos e o edema (toxinas) que se acumulam nos tecidos, especialmente nas pernas.
• Aliviar a sensação de pernas pesadas e cansadas em pessoas com má circulação ou que passam longos períodos sentadas.
• Melhorar a circulação linfática, com grandes benefícios ao nível da celulite e do aspeto da “casca de laranja”.
• Em tratamentos estéticos, pode ajudar a eliminar líquidos que dificultam a mobilização da gordura com outras técnicas.
• Também contribui para melhorar a firmeza da pele, em combinação com outros equipamentos, ao ativar o fluxo sanguíneo.
• Nos desportistas, é usada para favorecer a oxigenação muscular e reduzir a fadiga dos músculos.
• Em contextos pós-operatórios, por vezes é recomendada para reduzir hematomas e inflamações.
• É muito relaxante, já que a pressão rítmica gera uma sensação semelhante à de uma massagem.
Apesar de muitas destas necessidades poderem surgir durante a gestação, a pressoterapia não é, à partida, recomendada durante a gravidez, tal como está contraindicada em casos de trombose, infeções agudas e insuficiência cardíaca.
Como usar a pressoterapia na gravidez
Muitas terapias, técnicas e tratamentos não são recomendados durante a gravidez porque não foram devidamente testados, e a sua indicação depende sempre da prescrição médica, conforme o historial clínico de cada pessoa. Em particular, ao ponderar se a pressoterapia pode ser compatível com a gravidez, deve-se adotar uma postura de cautela. Entre fisioterapeutas e ginecologistas, existem dúvidas.
Sociedades médicas e ordens profissionais, como a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia (SEGO) e o Colégio Oficial de Fisioterapeutas de Espanha (CPFCM), recomendam extrema precaução com qualquer terapia que envolva compressão durante a gravidez, uma vez que o corpo está profundamente transformado internamente.
Ao analisar os benefícios e riscos, pode tomar-se uma decisão mais informada sobre o uso da pressoterapia durante a gestação:
- A pressoterapia melhora a circulação e reduz o inchaço provocado pela retenção de líquidos, causada pelo aumento da progesterona e pela compressão das veias pelo útero. Isto faz com que os pés e as pernas se sintam como balões, e a pressoterapia suave pode aliviar essa sensação. Contudo, os fisioterapeutas do CPFCM alertam: deve evitar-se sempre a aplicação de pressão elevada no abdómen e nas pernas.
- Esta compressão moderada estimula o retorno venoso e, assim, reduz o risco de varizes, que é frequente no segundo e terceiro trimestres. Naturalmente, deve seguir-se sempre a recomendação de especialistas, evitando zonas sensíveis como as virilhas e a barriga.
Contraindicações da combinação pressoterapia e gravidez
Deve-se ter em conta pelo menos as seguintes:
- Se existir historial de trombose venosa profunda (TVP) ou pré-eclâmpsia, a pressoterapia durante a gravidez está contraindicada, pois poderá afetar o fluxo sanguíneo.
- Aplicar pressão excessiva em zonas próximas do útero, como a pélvis, poderá ser perigoso, especialmente no primeiro trimestre ou em gravidezes de risco.
- Ainda que não exista evidência direta, alguns especialistas desaconselham o uso da pressoterapia no terceiro trimestre, devido ao risco teórico de estimular contrações.
- Não se recomenda em casos de diabetes gestacional não controlada.
Por fim, esteja grávida ou não, a pressoterapia nunca é recomendada em casos de problemas cardíacos, hipertensão grave ou edemas severos cuja causa não esteja diagnosticada.
Em suma, embora a pressoterapia possa proporcionar alívio de algumas queixas frequentes durante a gravidez, como o inchaço ou a sensação de pernas pesadas, não está isenta de riscos, e a sua utilização deve ser avaliada com muita cautela. Por isso, o mais aconselhável é consultar sempre o seu médico ou ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento. Estes profissionais, conhecendo o seu historial clínico e o estado da sua gravidez, poderão indicar-lhe se é uma opção segura para si. Esta informação visa ajudá-la a conhecer melhor os possíveis benefícios e riscos, mas nunca substitui a orientação de um profissional de saúde.