O que é o cortisol?
O cortisol é uma hormona produzida pelas glândulas suprarrenais e afeta diversas funções corporais. A sua produção varia ao longo do dia, sendo geralmente mais elevada de manhã e mais baixa à noite. É produzida em maiores quantidades em períodos de stress. Contudo, na Síndrome de Cushing, os níveis elevados de cortisol são constantes.
Diversos estudos, como o publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism em 2020, demonstraram que mulheres pré e pós-menopáusicas, especialmente as que apresentam sintomas severos como afrontamentos, tendem a ter níveis elevados de cortisol, também conhecida como «hormona do stress». Esta situação está provavelmente relacionada com a diminuição do estrogénio. Níveis elevados podem contribuir para sintomas como insónia, fadiga, aumento de peso e alterações de humor. Por esta razão, é particularmente importante que a mulheres com mais de 50 anos monitorizem os seus níveis de cortisol.
Quais são os sintomas da Síndrome de Cushing?
Os sintomas da Síndrome de Cushing são variados e devem ser monitorizados. Alguns deles são:
- Rosto arredondado.
- Aumento de peso, especialmente na região abdominal.
- Uma corcunda entre os ombros.
- Sensação constante de cansaço ou mau humor.
- Problemas de pele como cicatrização lenta, hematomas e estrias no abdómen e coxas.
- Diminuição da libido (desejo sexual).
- Aumento do crescimento de pelos faciais e corporais e menstruações irregulares.
Quais são as causas da Síndrome de Cushing?
A Síndrome de Cushing pode ter várias causas, sendo as principais:
- O crescimento excessivo das glândulas suprarrenais, podendo resultar em excesso de cortisol.
- O uso prolongado de corticosteroides (esteroides), que pode afetar os níveis de cortisol.
- Um tumor na hipófise, uma glândula do tamanho de uma ervilha situada na base do cérebro, que produz hormonas e pode estimular as glândulas suprarrenais a libertarem demasiado cortisol. Também pode surgir um tumor noutras partes do corpo.
É importante salientar que ter Síndrome de Cushing não significa necessariamente que exista um tumor envolvido; o cortisol é uma hormona essencial para o funcionamento corporal e os seus níveis podem alterar-se devido a fatores comuns e menos graves.
Nota importante: Caso suspeite que a Síndrome de Cushing esteja relacionada com o uso de esteroides, não interrompa abruptamente a sua medicação. Consulte sempre o seu médico para receber o tratamento adequado.
Como é tratada a Síndrome de Cushing?
Como mencionado anteriormente, a Síndrome de Cushing é frequentemente subdiagnosticada porque os afetados frequentemente não procuram ajuda médica ou procuram-na demasiado tarde. Deve consultar o seu médico se apresentar um ou vários dos sintomas descritos anteriormente. Após o diagnóstico de Síndrome de Cushing, será necessário acompanhamento médico regular para controlar o problema e assegurar um tratamento adequado.
O diagnóstico pode ser difícil, pois os sintomas são comuns a várias outras doenças. Normalmente, são solicitadas análises ao sangue, urina e saliva para avaliar os níveis de cortisol. Caso apresente níveis elevados, o médico pode recomendar uma tomografia computorizada (TAC) ou uma ressonância magnética (RM) ao cérebro ou às glândulas suprarrenais para determinar a causa exata. Poderá ainda ser encaminhada para um endocrinologista para investigar possíveis causas hormonais.
Receber um diagnóstico de cortisol elevado ou de Síndrome de Cushing pode ser inicialmente perturbador por se tratar de uma condição pouco frequente, mas é essencial saber que não está sozinha e que existem tratamentos eficazes. Identificar precocemente o problema do cortisol elevado é o primeiro passo para melhorar a sua qualidade de vida. Mantenha a calma, confie no processo e recorde-se de que, com acompanhamento profissional e o tratamento adequado, a Síndrome de Cushing pode ser devidamente controlada.