Dietas milagrosas: atrativas… e perigosas

As consequências das dietas milagrosas

Como reconhecê-las? Uma dieta milagrosa promete resultados espetaculares, perdas de peso rápidas e aparentemente sem esforço. Lamentavelmente, este tipo de dietas costuma implicar sérios transtorno para a saúde, como:

• Provocar deficiência de proteínas, vitaminas e minerais com os seus correspondentes efeitos para a saúde;
• Produzir efeitos psicológicos negativos;
• Desencadear inclusive transtornos do comportamento alimentar (anorexia, bulimia), muitas vezes mais graves do que o excesso de peso que se pretendia corrigir;
• Favorecer o efeito “ricochete” ou “ioió”;
• Ao abandonar estas dietas, as pessoas que as seguiam não aprenderam a comer de forma saudável e voltam aos costumes que as fizeram engordar.

Então, qual é a melhor dieta para perder peso?

O primeiro que aconselhamos é que se consulte um médico nutricionista para que este conceba uma dieta ajustada à nossa idade, às nossas necessidades e ao nosso estilo de vida. Além disso, deixamos-lhe aqui uma série de recomendações para que possa perder peso de uma forma saudável e equilibrada:

• Variedade. Devemos comer de tudo e aprender como e em que proporção;
• Tomar o pequeno-almoço todos os dias e da forma mais completa possível, incluindo lácteos, pão ou cereais e fruta;
• Os carboidratos (pão, masse e arroz integral, batatas e leguminosas) devem fazer parte da base da nossa alimentação e representar um terço dos alimentos ingeridos diariamente;
• Reduzir o consumo de gorduras de origem animal, como manteigas, enchidos, queijos, etc. e eliminar da dieta as gorduras hidrogenadas, também conhecidas como as gorduras trans, que estão presentes na maioria dos produtos de origem industrial, como as margarinas, bolos industriais, bolachas, batatas fritas, etc.;
• As proteínas devem proporcionar entre 10% e 15% das calorias totais, devendo combinar proteínas de origem animal e vegetal;
• Deve-se aumentar o consumo diário de frutas, verduras e hortaliças até alcançar pelo menos 400 gramas por dia. Isto é, consumir no mínimo cinco doses por dia destes alimentos;
• Evitar o consumo de produtos ricos em açúcares, como guloseimas, doces e refrigerantes;
• Fazer cinco refeições por dia;
• Reduzir o sal nas comidas, utilizando de preferência sal iodado;
• Saciar a sede com água, bebendo entre um e dois litros de água por dia.
• Fazer pelo menos meia hora de atividade física diária de intensidade moderada (passeios, bicicleta, etc.).

Na maioria dos casos, o excesso de peso não é apenas consequência de um excesso de alimentação, mas também o sintoma evidente de que o nosso estilo de vida não é o adequado.

Não é suficiente modificar a alimentação durante umas semanas para reduzir o peso, antes devemos apostar pelo cuidado global da nossa saúde, de forma habitual.