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Combater a rotina do casal

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Sente que nada é como antes na sua relação amorosa? Não sente o mesmo desejo que antes? As coisas mudam com o tempo, sobretudo em momentos cruciais como a menopausa. Mas estar presa ao passado não é solução. Damos-lhe algumas pistas para reacender a chama!




A menopausa é uma época das nossas vidas em que coincidem muitas alterações a nível social e biológico: por exemplo, o “ninho” fica vazio com a saída dos filhos de casa. De repente, volta a ter tempo livre quando antes estava sempre tão ocupada. Os filhos já não são uma desculpa para evitar momentos mais íntimos com o seu parceiro por medo que a ouçam. Mas entretanto, o que aconteceu à nossa intimidade enquanto casal, porque diminuiu a chama da paixão?

Quando a rotina se instala na nossa relação… A paixão diminui. Se a paixão dimimui a nossa relação amorosa fraqueja, e perguntamo-nos se já não sentimos o mesmo pelo nosso parceiro ou se o amor mudou. Mas a verdade é que na maioria dos casos, continuamos a amá-lo, a nossa relação não está destruída mas temos que esforçar-nos para melhorá-la. Para termos uma relação equilibrada devemos alimentar a paixão (o desejo e a necessidade de estar com a pessoa que nos atrai), a intimidade (expressar os nossos sentimentos para criar vínculos de afeto) e compromisso (decisão de manter esse amor que sentimos pelo nosso parceiro).

Pense que, quando entra na rotina, nem sequer há discussões; as discussões, ainda que sejam prejudiciais, muitas vezes significam que há algo pelo qual vale a pena lutar, de que o vínculo afetivo ainda existe. Uma briga esconde muitas vezes o desejo de melhorar ou mudar algo que é realmente importante para nós. Tome nota e troque as voltas à rotina.

O que fazer para recuperar a paixão?

  • Recupere o espírito do início da relação: no início de todas as relações tendemos a criar uma imagem idealizada do que queremos da relação. Essa imagem estimula o romantismo e faz com que nos apaixonemos. Para enfrentar a realidade, as alterações que vão surgindo com o passar do tempo e a rotina na convivência, é preciso recuperar pelo menos parte dessa imagem.
  • Centre-se nas características positivas do seu parceiro: temos tendência a nos prendermos ao passado, ao que éramos. Distorcemos a realidade, centramo-nos nos defeitos do nosso parceiro e não vemos nele nada de positivo. Devemos pensar nas suas qualidades, no que mudou nele, no que traz à relação e no que sentimos quando estamos ao seu lado.
  • Divirta-se na intimidade: a rotina faz com que o desejo diminua. É preciso inovar, esquecer temporariamente todas as obrigações familiares e profissionais, ousar na intimidade para que esta seja mais prazerosa. A sua imaginação e fantasias são uma ajuda fundamental.

Como melhorar a intimidade?

  • Companheirismo: a intimidade está fortemente ligada a este valor, fundamental na criação da identidade do casal e na de cada um dos seus membros. Alimentar a amizade, a confiança e o respeito é indispensável.
  • Adeus, tédio: evite-o de todas as formas possíveis; o sentido de humor e o riso são os seus melhores aliados.
  • Limitar as tarefas profissionais/obrigações: se os filhos já são crescidos e autónomos, de repente temos mais tempo livre para dedicar ao nosso companheiro. Cuidado, não deixe que outras tarefas absorvam por completo o seu tempo.

Como manter o compromisso?

  • Um projeto em comum: não devemos pensar que estamos a negociar a nossa própria liberdade, mas sim a trabalhar para atingir um mesmo objetivo.
  • Boa comunicação: este fator tem um papel fundamental para sabermos que podemos expressar as nossas opiniões mesmo que estas não sejam partilhadas, mas sim entendidas. Isto ajuda a solidificar a relação. O nosso lar dever um lugar seguro e com bom ambiente, onde devemos apoiar e ser apoiadas, compreender e ser compreendidas.
  • Apoio e ânimo: deve ser prioritário cuidarem um do outro, têm que ser importantes um para o outro, é sempre bom sentirmo-nos validados.
  • Aceitar as novas situações e entendê-las: ao longo da nossa vida vamos passar inevitavelmente por crises pessoais (nascimento dos filhos ou impossibilidade de tê-los, mudanças a nível profissional, chegada da menopausa, ninho vazio pela saída de casa dos filhos, reforma, falecimento de entes queridos…), que podem alterar o nosso relacionamento. Comunicar e expressar-se sem medo ajuda-nos a superar qualquer dificuldade.

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