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Perguntas (não) frequentes sobre a menopausa… e respostas que deve ler

Menopausa


Perguntas (não) frequentes sobre a menopausa
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Atualmente, a menopausa ainda continua a ser, estranhamente, um tema tabu para muitas mulheres em todo o mundo. Mas tranquila, não está sozinha! Falemos disso...




Fomos à Lua, descobrimos vacinas, a Internet entrou nas nossas vidas e ainda hoje, em pleno século XXI, a menopausa continua a ser um tema tabu.

estudo da Global Essity salienta que apesar de 6 em cada 10 mulheres na menopausa ou pós-menopausa considerarem que a menopausa não é um tema tabu, na verdade, apenas 3 em cada 10 falam proactivamente sobre o tema. Porque não falamos abertamente sobre a menopausa?

O novo Guia sobre Menopausa e Incontinência preparado pela TENA serve-nos de base para partilhar os testemunhos reais que lhe apresentamos de seguida… e as respostas que dão podem ser para si muito úteis!

Como é a menopausa?

“A menopausa é como um filme de terror: eu sou o monstro assustador e estou magra por falta de sono.”

É como uma cobra que está a perder a pele.”

“O meu corpo muda. Ganho peso, tenho mais pelos na cara do que na cabeça.”

“Sinto-me quase sempre em controlo, mas faço coisas muito estúpidas. Ponho café e açúcar no frigorífico. Esqueço-me do frango no forno. Entro numa sala e esqueço-me porque estou lá. Uma vez, até me esqueci do nome da minha filha. O meu marido diz “Porque é que fizeste isso?”. Eu digo-lhe: Ignora-me, é apenas o nevoeiro mental a falar.”

A menopausa está cheia de altos e baixos. E é diferente de pessoa para pessoa. Há 48 sintomas (mas a maioria de nós não é capaz de nomear nem três) e cada experiência de perimenopausa oferece ao nosso corpo um surpreendente cocktail de sintomas.

O que considera mais difícil na menopausa?

“As alterações de humor. Tornei-me ridiculamente emotiva, dou por mim a chorar, até a ouvir o Mensagem de Ano Novo do Presidente, é ridículo!”

“Deixei de fazer sexo de um dia para o outro! Quem é que se importa? Está demasiado calor. Não me importo. Tenho um marido muito paciente. Aconteceu de um dia para o outro. Não ajuda quando se seca como o deserto de Gobi, a pele e tudo. Ele tem uma mão direita, por isso ele vai ficar bem!”

“O nevoeiro cerebral tomou conta da minha vida. Esquecia-me de ir buscar os filhos de outras pessoas à escola, o que era muito grave. Em retrospetiva, tudo não passava da menopausa. Pensei que estava a enlouquecer.”

Quer seja filha, sobrinha, amiga, chefe ou prima afastada de alguém, todas podemos marcar uma grande diferença, se dedicarmos um pouco de tempo a perguntar como foram capazes de ultrapassar (ou não) a menopausa as mulheres que fazem parte das nossas vidas.

O que é que menos esperava da menopausa?

Fugas: Não sabia que era uma parte da menopausa. Pensava que só afetava mulheres muito velhas. Não sabia que as mulheres mais novas podiam ter incontinência. Se soubesse como é comum, teria ficado menos envergonhada.”

Fiquei surpreendida com a falta de informação real. Não havia factos reais. Quando me veio o período, não tinha qualquer informação. Tinha de ser escondido. Começar a menopausa é a mesma coisa.”

Afetou-me muito no trabalho, em termos do meu desempenho. Foi um choque. Mas nunca me passaria pela cabeça dizer: “Estou a ter menos rendimento porque estou a ter um dia mau com a menopausa”. Gostava que fosse mais fácil dizer estas coisas.”

A menopausa não deve apanhar ninguém desprevenida. Normalizar a menopausa é uma das formas mais valiosas de nos apoiarmos mutuamente.

Gostaria que falássemos mais sobre a menopausa?

“Gostava de ter feito mais investigação e de ter ouvido outras mulheres falarem sobre o assunto.”

Tive afrontamentos muito intensos e foi um período difícil para mim. É bom falar sobre isso, acalma-nos.”

Estou sempre a brincar: “Eu mijo-me toda!” Não são palavras politicamente corretas. Falo muito livremente. Eu digo: “Meu Deus, mijei-me nas calças”. Acho que toda a gente devia fazer isso um pouco mais.”

29% das mulheres que ainda não chegou à perimenopausa teme muito a chegada desta fase. Talvez se falássemos mais disto poderíamos sentir-nos um pouco mais tranquilas ao entrar nesta etapa da vida. Afinal, o que nos dá mais medo é o desconhecido.

Com quem falar sobre a menopausa?

“Nunca falei sobre isso com o meu parceiro, nunca. Não sei porquê, não sei. Eu aguento e digo “preciso de fazer xixi”, mas nunca disse que era por causa da menopausa. Toda a gente pensa que é por ter tido filhos.”

“Sinto que as nossas mães falharam connosco; não nos disseram nada. Nunca falámos sobre o assunto, nem sequer com a minha irmã. Por isso, fomos deixadas a vivê-la sozinhas. Continua a ser um grande tabu.”

A minha mãe não falava da menopausa. Ela é católica e tem cinco filhos. Tudo o que dizia era para fazer os exercícios do pavimento pélvico. Dizia que era como segurar a vontade de urinar e depois sentar-se na sanita e libertá-la. Ela disse para o fazer enquanto eu me lavava. Foi só isso que ela disse sobre a menopausa. Nunca falou sobre as mudanças.”

Façamos com que as nossas mães, filhos, irmãos, tios e amigos falem dos ardores vulvares, sobre o esquecer frequente de onde deixámos as chaves e das vantagens da lubrificação. E quanto mais normal for falar de tudo isto abertamente, mesmo no local de trabalho, mais capazes seremos de ajudar as mulheres que fazem malabarismos com os afrontamentos e as folhas de cálculo Excel (uma combinação nada divertida).

Que conselhos práticos gostaria de dar àquelas que ainda não entraram na menopausa?

“Aceite-a, fale sobre ela, partilhe-a, normalize-a. E não tenha medo de pedir ajuda.”

“Todas as pessoas são diferentes, por isso não se deixe abater por histórias de terror.”

“Não esconda o seu corpo e não deixe de fazer o que gosta: continue a nadar e a praticar desporto.”

Quantos mais partilharmos os nossos conselhos sobre a menopausa, mais bem preparadas estaremos todas.

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